BRASÍLIA - O ministro da
Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, determinou nesta quarta-feira, 10, que o
diretor-geral...
BRASÍLIA - O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo,
determinou nesta quarta-feira, 10, que o diretor-geral da Polícia Federal (PF),
Leandro Coimbra, preste informações tem caráter de urgência' sobre o uso de
algemas na Operação Voucher. A PF prendeu na
terça-feira, 9, 35 pessoas envolvidas em denúncias de corrupção
no Ministério do Turismo, comandado pelo PMDB. A ação aumentou o mal-estar
entre o PT e o PMDB, os dois principais partidos
da base de sustentação da presidente Dilma Rousseff
no Congresso.
No Palácio do Planalto, a ação da PF foi
considerada 'atabalhoada' e 'exagerada'. Na lista dos presos está o
secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa. Mário
Moyses, ex-secretário executivo da pasta e ex-presidente da Embratur, também
foi detido. Moyses é ligado à senadora Marta Suplicy (PT), pré-candidata do PT
à Prefeitura de São Paulo. Aliados dela deram conotação política ao episódio.
No memorando expedido nesta quarta-feira,
Cardozo pede esclarecimentos à PF sob o argumento de que os direitos
individuais e os princípios de Estado de Direito devem ser respeitados. 'Caso
constatada qualquer infração às regras em vigor, determino a abertura imediata
dos procedimentos disciplinares cabíveis, informando-se de pronto a este
gabinete as ocorrências', escreveu o ministro da Justiça.
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