Governo e Justiça se reúnem para discutir
combate a ataques no estado
Aline
Leal,
O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, se reuniu hoje (6) em Brasília com o Ministro
da Justiça, Eduardo Cardozo, para discutirem ações de combate aos ataques que
tem acontecido no estado desde 30 de janeiro. Eles anunciaram um aprofundamento
do trabalho dos órgãos de inteligência para uma avaliação dos ataques.
Diferentemente do que havia sido divulgado antes, o governador
disse que aconteceram 32 ataques sendo o último hoje (6). “A maioria [dos que
foram contabilizados antes] não dizem respeito a essas ondas”. Foi divulgado
anteriormente 60 ataques registrados. De acordo com o governador, 32 pessoas
foram presas por relação com a onda de ataques.
Colombo disse que Santa Catarina é um dos estados mais seguros do
Brasil e que esta onda de ataques é uma retaliação ao rigor com o qual o estado
trata os criminosos. “A principal causa [dos ataques] é a ação firme do governo
no combate ao crime, mas evidentemente que qualquer excesso dentro dos
presídios causa constrangimento e reação”, disse Colombo.
Os excessos aos quais o governador se referiu são episódios de
violência que aconteceram na Penitenciária Regional de Joinville. Imagens do
circuito interno do presídio, divulgadas pela imprensa no último dia 2, mostram
que os agentes utilizaram balas de borracha e gás de pimenta contra os detentos
que estavam em situação de controle. Segundo o governador, oito agentes foram
presos em decorrência do episódio.
No encontro ficou acordado que vai haver uma reunião técnica entre
o Ministério da Justiça e profissionais de Santa Catarina para que possam
avaliar a necessidade de mandar efetivos da Segurança Nacional para o estado e
a necessidade de transferir presos que estejam envolvidos diretamente com os
atentados para presídios federais de segurança máxima. Na ocasião também deve
ser traçado um plano de enfrentamento à violência e ao crime organizado.
Cardozo deixou a Força Nacional de Segurança Pública, a Polícia Federal
e a Polícia Rodoviária Federal a disposição do estado e disse que caso exista a
necessidade de transferência de presos relacionados aos ataques para presídios
nacionais de segurança máxima, há muitas vagas disponíveis.
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