Prezados Policiais Ferroviários Federais
Esqueçam o cargo e o salário. Isso não é o mais
importante. Preocupe-se em desenvolver competências. Evidentemente
que, a novidade é que essa competência não pode ser nem especializada
nem generalizada. Desta forma, seja um especialista sistêmico ou um
profissional que tem a sua área de competência, mas não consegue entender o
global. Entretanto, ele tem uma visão geral da instituição, do negócio e do
mercado. Sendo assim, vocês conhecem algum profissional da Segurança Pública
que tem uma visão da organização do sistema e das principais mudanças na
política de Segurança Pública e que não é bem sucedido? Um profissional assim é
fatalmente sinônimo de sucesso. Sabe por quê? Quem consegue enxergar o
todo agrega significado e valor ao trabalho e o resultado é motivação e alto
desempenho. Este talvez seja o grande diferencial da era do conhecimento.
"O indivíduo é objeto por distorção e sujeito por vocação". O
profissional tratado como objeto se sente usado. Quando se sente usado ele não
se motiva e compromete todo sistema e seu desempenho.
Liderando pessoas inteligentes – Não há mais espaços para líderes
centralizadores. As informações sobre a instituição, o próprio líder e a
Polícia Ferroviária Federal precisam ser compartilhadas. “Na era industrial, a
centralização de informação era sinônimo de poder”. Era bom para o ego, uma forma
de o líder se sentir útil. Hoje, esse papel é muito ruim para a instituição.
Primeiro, porque as pessoas hoje são mais informadas. Segundo, o líder deixou de
ser a única fonte de informações. Terceiro, a tendência é cada vez mais liderar
policiais inteligentes. E os métodos da era industrial, infelizmente ainda em
vigor em algumas instituições não servem mais. Não há mais espaço para o estilo
tradicional brasileiro: autoritário e paternalista. Esse estilo não combina com
o novo perfil do profissional superinformado. E mais, as exigências também
mudaram. Ao invés de produtividade, o líder busca hoje criatividade. Assim será
na nova Polícia Ferroviária Federal. Precisa de mais argumentos para mostrar
que o novo modelo é outro?
Antonio Carlos Flor – PFF/RJ
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