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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

POLÍCIA MILITAR DO RIO PREPARA INSTALAÇÃO DE UPP NA ROCINHA


Polícia Militar reforça patrulhamento na Favela da Rocinha

Operação tem como objetivo evitar fuga de criminosos de comunidade que deve ser ocupada nos próximos dias para a instalação de UPP

iG Rio de Janeiro | 09/11/2011 09:2

Policiais militares do Batalhão de Choque e do 23º BPM (Leblon) reforçam o patrulhamento nesta quarta-feira (9) na Favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro. Os agentes estão fixados em dois pontos e revistam vans e motociclistas que passam pela região.

De acordo com a PM, a ação tem como objetivo impedir a fuga de traficantes da Favela da Rocinha. A comunidade deve ser ocupada nos próximos dias para implantação da 19ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio.

Leia também: Traficante da Favela da Rocinha ameaça resistir à UPP

Investigações feitas pela 15ª DP (Gávea) apontam que Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico de drogas na Rocinha, tem dito aos moradores da favela que vai resistir contra a ocupação policial. Ele, no entanto, já estaria andando com três seguranças e uma grande quantia de dinheiro para uma provável fuga.

Foto: Divulgação/Disque-DenúnciaAmpliar

Disque-Denúncia oferece recompensa por informações que levem ao traficante Nem

"Ele fala em resistência para não perder a autoridade entre os subordinados, mas já temos informes sobre planos para escapar", disse o delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto. Entre os destinos prováveis de Nem estariam o Estado da Paraíba, a cidade de Macaé (no Norte Fluminense) ou o conjunto de favelas da Pedreira, em Costa Barros no subúrbio do Rio.

Por causa da iminente ocupação policial, Nem decretou desde quinta-feira passada um toque de recolher do comércio e moradores, segundo informações da polícia. O traficante também limitou a circulação de motociclistas.

Os líderes comunitários negam o toque de recolher. “É impossível, porque aqui as pessoas trabalham e o maior movimento do comércio é à noite", disse o presidente da União Pró-Melhoramentos da Rocinha, Leonardo Rodrigues Lima, o Leo.

Atendimento médico

O delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto confirmou que Nem procurou atendimento médico na manhã da última segunda-feira (7) na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Favela da Rocinha. “Ele foi acompanhado de pessoas fortemente armadas e permaneceu pouco tempo no local”, disse o titular da 15ª DP (Gávea).

Segundo Nogueira Pinto, o traficante teve uma convulsão após misturar álcool com ecstasy. A mistura teria ocorrido durante uma festa realizada na Rocinha entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira. Denúncias recebidas pela polícia indicam que Nem estaria apreensivo no evento por causa da ocupação da PM para a instalação da UPP.

A polícia também recebeu a informação de que Nem teria procurado o atendimento médico porque teria ficado ferido com um disparo acidental. Essa versão, no entanto, foi descartada.

Popularidade em baixa

O Disque-Denúncia recebeu pelo menos 16 telefonemas informando a ida do traficante à UPA e seu possível paradeiro. Para os investigadores, a delação anônima é um termômetro da insatisfação dos moradores da Rocinha com o líder com tráfico.

Uma das razões da queda de popularidade de Nem é a presença de traficantes expulsos pelas UPPs, em especial do morro do São Carlos, na zona norte, que foram abrigados por Nem. Estes bandidos não teriam o compromisso de Nem com a comunidade. Ele chegou a ser cobrado pelos moradores e fez uma reunião com lideranças comunitárias para afirmar que a situação era transitória.

Apontado como um dos líderes da facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA), Nem controla a Rocinha desde novembro de 2005 e possui nove mandados de prisão contra ele.

De acordo com informações da polícia, o comportamento de Nem mudou nos últimos dias. Se antigamente o traficante promovia festas e shows na favela e exibia fotos dele e da mulher em redes sociais na internet, hoje, não fica mais que dez minutos nos eventos e proíbe fotografias e o uso de celular perto dele.

*com informações da Agência Estado

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