PF prende PMs e policiais civis suspeitos de ajudar traficantes a fugir da Rocinha
Agentes davam proteção aos bandidos conhecidos como Coelho e Lindinho. Armas e granadas foram apreendidas
Próxima notíciaolícia Federal) prendeu na tarde desta quinta-feira (9) policiais civis e militares suspeitos de escoltar dois traficantes que fugiam da favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro. As prisões ocorreram na Gávea, na mesma região. Colunista do iG registou momento da prisão. No total, dez pessoas foram presas, entre eles quatro policiais e um ex-policial militar.
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Os agentes ajudaram os traficantes Anderson da Rosa Mendonça, o Coelho, e Sandro Luís de Paula Amorim, conhecido como Lindinho, Peixe ou Foca, que são chefes do morro de São Carlos, no Estácio, na zona central. Os criminosos também foram presos.
Na ação, foram apreendidas também armas e granadas.
Policiais militares do Batalhão de Choque e do 23º BPM (Leblon) reforçam o patrulhamento nesta quarta-feira (9) na Favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro. Os agentes estão fixados em dois pontos e revistam vans e motociclistas que passam pela região.
A comunidade deve ser ocupada nos próximos dias para implantação da 19ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio.
Investigações feitas pela 15ª DP (Gávea) apontam que Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico de drogas na Rocinha, tem dito aos moradores da favela que vai resistir contra a ocupação policial. Ele, no entanto, já estaria andando com três seguranças e uma grande quantia de dinheiro para uma provável fuga.
"Ele fala em resistência para não perder a autoridade entre os subordinados, mas já temos informes sobre planos para escapar", disse o delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto. Entre os destinos prováveis de Nem estariam o Estado da Paraíba, a cidade de Macaé (no Norte Fluminense) ou o conjunto de favelas da Pedreira, em Costa Barros no subúrbio do Rio.
Por causa da iminente ocupação policial, Nem decretou desde quinta-feira passada um toque de recolher do comércio e moradores, segundo informações da polícia. O traficante também limitou a circulação de motociclistas.
Os líderes comunitários negam o toque de recolher. “É impossível, porque aqui as pessoas trabalham e o maior movimento do comércio é à noite", disse o presidente da União Pró-Melhoramentos da Rocinha, Leonardo Rodrigues Lima, o Leo.
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